domingo, 9 de agosto de 2015

Mitos e verdades: Quimioterapia



O que é quimioterapia?
A quimioterapia é um tratamento para o câncer que utiliza medicamentos. Chamamos esse tratamento de sistêmico, porque ele vai agir em praticamente todo o organismo. As drogas (remédios) quimioterápicas são aplicadas principalmente por via endovenosa (nas veias, junto com um soro), mas também existem medicamentos administrados por via oral, intramuscular, subcutânea e intra-tecal (dentro do sistema nervoso central).
A intenção da quimioterapia é matar as células malignas que compõem o tumor ou que possam ter se desprendido dele e ido para outros tecidos (o que chamamos de metástase).

Toda quimioterapia causa queda de cabelos?
Depende
. Atualmente, a quimioterapia possui mais de 50 medicamentos e diversas combinações entre eles, possibilitando inúmeras alternativas de tratamento, que também podem resultar em diferentes reações, mais ou menos potencializadas. A queda de cabelo é uma dessas reações e pode ou não acontecer, tudo depende do tipo de medicação que será utilizada em cada caso.
O organismo do paciente também é um fator que interfere na variação dos efeitos colaterais. Por isso, sintomas como a queda de cabelos, náuseas, vômitos, entre outros, podem ser mais comuns em alguns pacientes do que em outros.
Além disso, há também o monitoramento médico: em casos de remédios com efeitos colaterais conhecidos como náusea e vômitos, o oncologista pode utilizar paralelamente outros medicamentos que inibem essas reações - mas para prevenir a queda de cabelo nenhum medicamento se mostrou 100% eficaz.

A quimioterapia pode desregular os ciclos menstruais? 

Verdade. Durante a quimioterapia pode haver desregulação do ciclo menstrual, em alguns casos a mulher pode entrar em menopausa precoce pela quimioterapia. Mas mesmo que a menstruação esteja irregular durante o tratamento precauções devem ser feitas pra evitar a gravidez. Além disso, deve-se esperar um tempo após o término da quimioterapia para a menstruação voltar ao normal.

Posso pintar os cabelos durante o tratamento?
Depende. Se o cabelo não caiu ou já cresceu após ter caído, não há problema em pintá-lo. Recomenda-se, porém, usar tinturas sem amônia.
É importante também dedicar um cuidado especial à pele, evitando, durante o tratamento, qualquer exposição desnecessária ao sol, já que as células cutâneas podem ser atingidas pelos remédios quimioterápicos. Bronzeamentos artificiais são contra-indicados.As unhas podem sem pintadas, evitando a remoção das cutículas.

Geralmente, o paciente ganha peso durante o tratamento?
Depende. Varia de acordo com o medicamento prescrito pelo médico. Nem todos têm como efeito colateral o ganho de peso. Porém, uma vez previsto, cabe ao oncologista monitorar essa alteração e determinar um limite máximo, para evitar qualquer risco de complicação ao organismo.
Quando essa reação for inesperada, deve-se investigar as causas, que geralmente não estão relacionadas à quimioterapia, mas a outros fatores, como distúrbios hormonais, ausência de atividade física, outras doenças, e, principalmente, hábitos alimentares inadequados. 

Alterações hormonais podem ocorrer?
Depende. Novamente, a reação pode acontecer ou não, dependendo do tipo de medicamento utilizado e também o modo como o organismo do paciente reage à terapia. Mudanças no ciclo hormonal da mulher, por exemplo, podem ocorrer quando a quimioterapia afeta os ovários, assim como a perda de hormônios e a menopausa precoce.

Medicamentos quimioterápicos exigem acompanhamento médico frequente?
Verdade
. Quando o médico prescreve a utilização de determinado remédio no tratamento quimioterápico, ele tem embasamento técnico e científico para isso. Como a maioria dos quimioterápicos apresentam efeitos colaterais, o paciente deve realizar regularmente consultas e exames de sangue, o permite ao médico monitorar todas as etapas do tratamento e contornar grande parte das reações indesejadas.
Além dos casos em que a quimioterapia é a principal modalidade no plano terapêutico do paciente, esse acompanhamento médico deve ocorrer também quando sua função for complementar (terapia adjuvante ou neoadjuvante), com o objetivo de controlar ou diminuir a magnitude dos efeitos. 

Terapias alternativas podem substituir a quimioterapia?
Mito. Apesar de algumas drogas utilizadas na quimioterapia serem derivadas de elementos da natureza, como raízes, cascas, flores e frutas, é preciso descobrir exatamente qual é a substância capaz de destruir o tumor. Logo, não basta preparar um chá de uma determinada planta. São necessárias altas concentrações dessa substância, que devem ser analisadas e testadas antes de serem comercializadas e aplicadas, com o objetivo de se descobrir não só qual a dose e frequência corretas, como também os possíveis efeitos colaterais tanto a curto como a longo prazo. Por isso, essas terapias alternativas, sem pesquisas sobre sua ação, podem não inibir a progressão do câncer e piorar o quadro clínico, diminuindo as chances de sucesso no tratamento.

O que devo fazer nos dias de tratamento?Você deverá fazer alimentações leves, com mínima gordura, sem frituras ou temperos fortes. Os líquidos deverão ser ingeridos com frequencia, inclusive nos dias subsequentes. A ansiedade, se for incomoda, poderá ser reduzida com medicações ansiolíticas (tranquilizantes), no dia do tratamento e nos subsequentes. Converse com o seu oncologista clínico. A sua equipe médica deverá estar sempre informada dos sintomas causados pelo tratamento, pois somente através dessa comunicação os médicos poderão lhe prestar os auxílios necessários.

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