quarta-feira, 13 de maio de 2015

Câncer colorretal


Esse foi o tema da última apresentação da reunião entre ligantes. Boa leitura!

O câncer colorretal encontra-se entre os seis tipos de câncer mais Incidentes em ambos os sexos, sendo a quarta neoplasia maligna mais incidente no Brasil e terceira causa de morte por câncer. Em geral, acomete indivíduos com mais de 50 anos. Adenocarcinomas correspondem a 95% dos casos.

Etiologia
Divide-se em 3  grandes grupos:


  1. ESPORÁDICA (Mais comum): Na ausência de história familiar, em população mais idosa (60-80 anos). Geralmente é uma lesão colônica ou retal isolada.
  2. FAMILIAR: O risco de CCR aumenta para os membros da família nas quais o caso-índice é jovem, o parente é próximo, e aumenta conforme o número de membros com a doença.
  3. HEREDITÁRIA: Histórico familiar, início da doença em idade jovem, outros tumores e defeitos específicos.


                    •      Polipose adenomatosa familiar : milhares de pólipos adenomatosos, de surgimento precoce, por todo o intestino grosso - se não forem tratados cirurgicamente quase todos os pacientes terão câncer colorretal aos 40 anos. A colectomia continua sendo o principal tratamento/prevenção.
                    •      Câncer Colorretal Não Polipóide Hereditário (CCNPH): é a síndrome hereditária mais comum. Tem origem a partir de lesões planas (pólipos planos adenomatosos) – esses pacientes desenvolvem o câncer numa idade precoce, quase sempre em cólon direito e ceco.

Fatores de risco
 Dieta: gordura animal; 
Síndromes Hereditárias (herança autossômica dominante) - Polipose do cólon e Síndrome sem polipose (Sd. Lynch);
Doença intestinal inflamatória; Bacteremia por Streptococos Bovis- (por motivos desconhecidos, pacientes com endocardite ou septicemia causadas por essa bactéria fecal apresentam uma alta incidência de tumores colorretais); Ureterossigmoidostomia; 
Tabagismo (principalmente após 35 anos); 
Diabetes Mellitus, entre outros.


Diagnóstico
CLÍNICO
Os sintomas mais prevalentes:
      Alteração do hábito intestinal e emagrecimento (75%)
      Dor abdominal (62,5%)
      Hematoquezia e anemia (37,5%)

EXAME PROCTOLÓGICO

      Toque retal: Pode revelar câncer distal ou disseminação para todo o reto e pelve.

EXAMES LABORATORIAIS

EXAMES DE IMAGEM

      Colonoscopia com biópsia
      Retossigmoidoscopia  flexível e rígida
      TC de abdome e pelve
      Radiografia de toráx
      USG endoscópica transretal
      Clister opaco

DOSAGEM DE MARCADORES

      CEA (antígeno carcinoembrionário): não tem valor diagnóstico. Ele na prática é usado pra pacientes que já tem diagnóstico de câncer colorretal como marcador prognóstico antes da cirurgia e para controle de cura pós operatório.

Tratamento
A radioterapia pré ou pós operatória reduz a probabilidade de recorrência pélvica (20-25%), mas parece não aumentar sobrevida, e está indicada no pré-operatório para pacientes com tumores retais extensos e potencialmente iressecáveis (neoadjuvância). 
O esquema quimioterápico consiste em 5 fluoracil + Leucovorin, sendo que a adição de oxaliplatina e irinotecan melhora as taxas de resposta no câncer avançado;
As opções cirúrgicas disponíveis são excisão local, microcirurgia endoscópica transanal, ressecção abdominoperineal, ressecção anterior baixa, e ressecção abdominoperineal poupadora de esfíncter com anastomose coloanal.
     

Acompanhamento
Após uma ressecção curativa – COLONOSCOPIA a cada 3 anos e se for negativa, passar pro intervalo de 5 anos.
Em ressecção anterior baixa de TU de retossigmóide em estágio B ou C – SIGMOIDOSCOPIA FLEXÍVEL a cada 3 a 6 meses durante 2 anos e COLONOSCOPIA para avaliar o intestino além de 60 cm.

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