Durante muito tempo, o autoexame foi divulgado como uma forma
acessível de detectar nódulos suspeitos nas mamas e até campanhas de
prevenção incentivaram essa prática. No entanto, embora o autoexame das
mamas seja uma maneira válida de a mulher conhecer melhor o próprio
corpo, ele não representa uma forma eficaz de identificar um câncer de
mama - a melhor alternativa é a realização de um exame de imagem, mais especificamente a mamografia.
Conforme explica Dr. José Luiz Bevilacqua, Diretor do Núcleo de
Mastologia do A.C.Camargo Cancer Center, um tumor mamário, para ser
detectável em um autoexame, precisa ter cerca de 2cm de tamanho, o que
só ocorre quando já não está em estágio inicial. Já a mamografia permite
detectar lesões não-palpáveis com menos de meio centímetro e carcinomas
in situ (tumor em estágio inicial que não invadiu e nem se disseminou
além do seu ponto de origem). E o tamanho do nódulo tem impacto decisivo
no prognóstico: quanto menor, maiores as chances de sucesso no
tratamento.
Portanto, embora todos os exames tenham suas
limitações, a mamografia consiste na melhor alternativa para obter um
diagnóstico precoce e diminuir a mortalidade da doença. É um exame
adotado em forma de rastreamento populacional a partir dos 40 anos.
Também é indicada para avaliar eventuais alterações clínicas, como
palpação de nódulo ou qualquer modificação nas mamas.
Segundo Dr.
Bevilacqua, em caso de histórico familiar da doença - principalmente em
se tratando de diagnóstico na mãe ou irmã - recomenda-se começar a
mamografia dez anos antes da idade com que o parente de primeiro grau
foi diagnosticado. Se a mãe, por exemplo, desenvolveu a doença aos 40
anos, o aconselhável é fazer a primeira mamografia aos 30 anos.
FONTE: www.accamargo.org.br
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